A criação de abelhas, a produção de mel e o desenvolvimento de produtos oriundos da meliponicultura e da apicultura foram temas abordados durante os três dias de realização do 1º Festival das Abelhas, ocorrido em Santa Rosa de Lima nos dias 3, 4 e 5 de outubro. O evento, que reuniu produtores, pesquisadores, empreendedores e entusiastas de setor de várias regiões do Brasil, foi promovido pela Prefeitura Municipal e pela Amesg (Associação de Meliponicultores das Encostas da Serra Geral), com o apoio de entidades ligadas à agricultura familiar, como a Epagri, o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), a cooperativa de crédito Cresol Encostas da Serra e o Sindicato Rural de Rio Fortuna.
Reconhecida desde o ano passado como Capital Nacional da Meliponicultura — que consiste na criação de abelhas sem ferrão —, Santa Rosa de Lima foi, durante os três dias de festival, palco de palestras, cursos e debates sobre a importância das abelhas, especialmente das melíponas, e o seu papel econômico e ambiental.
Primeiro dia – Cursos, atos importantes, homenagens e aula-show
O primeiro dia do Festival das Abelhas foi dedicado a palestras e oficinas temáticas, com atividades sobre multiplicação de enxames, colheita de mel, produção de hidromel, saboaria e biocosméticos.
Pela manhã, um dos atos de destaque foi a assinatura dos contratos de oito famílias do município que passarão a receber Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) — programa que oferece compensações a propriedades rurais que contribuem para a conservação e restauração da natureza, garantindo benefícios coletivos como água limpa, regulação do clima, conservação da biodiversidade e solos mais férteis. O programa, neste caso, foi viabilizado pela Apremavi (Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida), por meio do projeto Conservador das Araucárias.
Ainda durante o dia, alunos da Rede Municipal de Ensino puderam prestigiar uma apresentação teatral do grupo Pé de Amora, de Tubarão, que apresentou uma peça com música ao vivo e temática voltada à preservação ambiental.
No início da noite, foi realizado o ato oficial de abertura, com a presença de diversas autoridades. Entre elas, a prefeita Siuzete Vandresen Baumann, o vice-prefeito Valdi Carvalho, o secretário municipal de Agricultura, Meio Ambiente, Indústria e Comércio Jackson Baumann, o presidente da Câmara de Vereadores Diego Kulkamp, o deputado estadual e coordenador da Frente Parlamentar da Apicultura e Meliponicultura Pedro Baldissera (PT), o presidente da Amesg, Júnior Thiago Mendes, o diretor-executivo da Amurel, Celso Heidemann, a supervisora regional do Senar, Sueli Silveira Rosa, o chefe da Divisão de Estudos Apícolas da Epagri, Rodrigo Duriex da Cunha, o gerente regional da Epagri, Rodrigo Mota Vicente, o presidente e a vice-presidente da Cresol Encostas da Serra Geral, Paulo Cesar Kleistat e Fabiana Cesário, o presidente do Sintraf, Fabiano Eller, o presidente do Sindicato Rural de Rio Fortuna, Silvestre Tenfen, e o presidente da FASSC (Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina), Agenor Sartori Castagna.
Durante a solenidade, foram entregues placas de agradecimento ao ex-prefeito Salésio Wiemes e ao ex-deputado federal Darci de Matos (autor do projeto de lei que concedeu a Santa Rosa de Lima o título de Capital Nacional da Meliponicultura), em reconhecimento por suas contribuições na conquista do título.
Encerrando o primeiro dia, o chef Edu Bacon, participante da 10ª temporada do programa MasterChef Brasil, apresentou uma aula-show sobre o uso dos produtos das abelhas na gastronomia.
Segundo dia – Palestras e lançamento de rota turística
No segundo dia do Festival, a programação contou com palestras sobre extração de mel de abelhas sem ferrão, apiterapia e sua relação com a saúde humana e do solo. Também foram anunciados os melhores méis participantes do concurso de avaliação às cegas.
Outro destaque foi o lançamento da Rota da Meliponicultura de Santa Rosa de Lima, uma das etapas de um amplo projeto de identificação e fortalecimento das rotas turísticas do município, como as Rotas da Agroecologia, das Cachoeiras e do Turismo Religioso.
Terceiro dia – Visitações
O terceiro e último dia do evento foi dedicado a visitas guiadas aos pontos turísticos identificados na Rota da Meliponicultura, lançada no dia anterior. Os participantes foram convidados a conhecer as propriedades rurais que integram a rota, explorando seus atrativos e o potencial econômico, cultural e ambiental de cada local.
Sugestão de frase de encerramento:
O sucesso do Festival das Abelhas reafirmou Santa Rosa de Lima como referência nacional na meliponicultura e mostrou que a preservação das abelhas é também um caminho para o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento da agricultura familiar.
