Meu povo, vamos colocar senadores do nosso estado, não forasteiros! Somos de direita, sim, mas queremos representantes que sejam de Santa Catarina e que conheçam nossa realidade, não quem defenda interesses de fora.
Nesta terça-feira (4), o senador Jorge Seif Júnior (PL-SC) gerou polêmica ao usar a tribuna para defender a pré-candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado por Santa Catarina em 2026.
Durante um discurso inflamado, Seif criticou os próprios filiados do Partido Liberal (PL) que se manifestaram contra a ideia, afirmando que “todo mundo queria a transferência de votos de Bolsonaro” e que quem não apoia Carlos deveria “sair do partido e apagar as fotos ao lado de Bolsonaro”.
Um dos alvos das críticas foi a deputada estadual Ana Campagnolo, a mais votada de Santa Catarina em 2022, que se posicionou contra a vinda de Carlos para o estado, alegando que ele estaria “roubando a vaga” de uma liderança catarinense, como Carol de Toni.
Seif, em tom agressivo, afirmou:
“Aí vem uma deputada estadual, que não era nada até ontem, era professora, e agora tá se achando líder da direita em Santa Catarina, falando contra o filho do presidente Jair Bolsonaro.”
O senador ainda chamou os colegas de partido que discordam da decisão de “traidores” e “ingratos”, reforçando seu apoio a Carlos Bolsonaro:
“Meu candidato é Carlos Bolsonaro, é um pedido do meu presidente. Eu tenho líder, e meu líder é Jair Bolsonaro.”
A fala de Seif gerou repercussão negativa entre apoiadores da direita catarinense, que defendem que as vagas do estado devem ser ocupadas por quem vive e trabalha em Santa Catarina — e não por políticos “importados” de outros estados.
A discussão expõe a crise interna no PL e acende o debate sobre a valorização das lideranças locais e a autonomia política de Santa Catarina dentro do cenário nacional.





